quarta-feira, 14 de julho de 2010

A sofisticação da rude cruz

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Paulo diz que a palavra da cruz, é loucura para os que perecem, mas para os que são salvos é poder de Deus.

A cruz é um meio de execução penal, tal qual um câmara de gás, um guilhotina, ou uma cadeira elétrica. Porém, mais cruel, pois expunha o condenado a vergonha pública e ao sofrimento prolongado.

A cruz estava reservada para ladrões, assassinos e rebeldes, jamais para o Messias, na conceopção do judeu.

“Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.”, dizia a Lei, séculos antes de haver esta penalidade em Israel.

“Rude cruz se erigiu”, cantou o poeta. Símbolo de vergonha, fracasso , o inverso do cetro e do trono.

Mas, a cruz sofisticou-se e foi glamourizada pelos homens.

Ganhou status de joía e virou adorno.

Em tamanho real ou portátil; em madeira, ferro, ouro ou coberta de brilhantes.

Na camiseta dos roqueiros ou dos religiosos.

Ganhou poderes mágicos. Exorciza pessoas e afugenta vampiros. Fazer seu sinal garante um bom dia e revela espiritualidade.

Virou deus, e recebeu adoração. É um sacrilégio fazer dano a cruz.

Voltemos no primeiro parágrafo, não há poder algum na cruz, e sim na mensagem da cruz.

E se houvesse, DEUS teria preservado a de Cristo , mas não o fez.

Alessandro.recesa@terra.com.br