O centurião ficou com seu criado a beira da morte em casa, e mandou que os anciãos fossem até Jesus para pedir que Ele viesse até sua casa curar o seu criado.
Não foi ele próprio até Jesus, pois não se achava digno de ir ter pessoalmente com o Mestre.
Então foi os anciões encontrar com Jesus, esses foram munidos de um argumento, um argumento que pudesse tornar aquele que era indigno em digno.
Argumento esse ainda muito usado nos dias de hoje, trata-se do argumento das boas obras em troca da boa dádiva.
Os anciões então disseram; “ É digno de que lhe concedas isto, Porque ama a nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga” Lucas 7:4,5
O fato de muitos cristãos hoje ajudarem financeiramente de forma abastarda os seus lideres a contruirem grandes catedrais para a sua gloria, decididamente não lhes garante o favor de Deus.
Enquanto muitos oram para que Deus os abençoe pelo o que eles fazem, pelo o que eles são, Deus continua abençoando a todos aqueles que se acham indignos.
" O Amor de Deus não é conseguido porque somos dignos de amor, mas jorra como de um poço artesiano, das profundezas de sua natureza." Alexandre MacLaren
No caminho, Jesus recebe um aviso “Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado"Lucas 7:6. O homem que não se achava digno de ir até Jesus (Lucas7:7) agora também não se achava digno de que Jesus viesse até ele.
Jesus concordou em não ir até a sua casa, não teve pretensão de provar para o centurião de que ele era digno, o sentimento de se sentir indigno fazia bem para o centurião, pois se tratava do real sentimento da graça, sentimento de quem reconhece que o favor de Deus seja ele qual for é imerecido.
Só quem se acha indigno pode ser um verdadeiro agradecido e conhecedor de que só existe um que é digno, Jesus.
Alan Corrêa
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